A educação de antigamente
Os pais de antigamente achavam que os filhos tinham que crescer logo para se virar na vida, que era considerada dura e cheia de desafios. Os pais de hoje gostariam que os filhos não crescessem. Crescer pra quê? Para morarem sozinhos, trabalhar, pagar as contas, fazer compras no supermercado, providenciar alguém para lavar a roupa, cozinhar, arrumar a casa! Casados terão filhos...para os avós cuidarem. Teriam mais responsabilidade e preocupação! Pra que casar se eles podem namorar no shopping, no carro, em casa, até no quarto de dormir. Podem chegar a hora que quiserem da madrugada! Em casa o (a) filho (a) tem comida e roupa lavada, pra quê ir a luta? Em casa não precisarão arrumar o quarto, nem recolocar as coisas no lugar, nem ajudar os pais a descarregar as compras, nem ajudar a mãe na cozinha. Então, por que virar adulto? Para ser responsável e ter que encarar a vida tão perigosa e incerta lá fora?
Os pais de antigamente exerciam ao máximo sua autoridade sobre os filhos. Eram autoritários e reprimiam todos os desejos. Os pais de hoje se acovardam diante do poder crescente dos filhos. Existem crianças que batem de verdade nos pais e eles não sabem como reagir. Faz sucesso um programa da TV inglesa, “Super Nany” (aqui é “Super babá”) que ensina aos pais como se defender e sustentar regras para lidar com os filhos. Pais acovardados e sem autoridade era impensável, antigamente. Alguns pais de nossa época justificam sua covardia como defesa para o (a) filho(a) não fugir de casa, como aquele caso que virou notícia na imprensa. Os pais de hoje temem a explosão emocional e reação de vingança dos filhos; também temem serem mal interpretados