A Educa O B Sica E A Forma O Profissional Face Aos Novos Desafios Econ Micos
Joaquim Azevedo
Director do Instituto Empresarial Portuense (Porto)
Síntese dos subtemas a abordar
1. Nesta comunicação vou abordar o tema proposto em três partes: na primeiro retomo algumas características da sociedade da informação e da nova economia globalizada, sobretudo na sua relação com a educação e a formação; na segunda elaboro algumas perspectivas críticas à retórica económica mais actual, o que permite situar o papel da educação e da formação num horizonte determinado; na terceira, enuncio alguns dos desafios sociais e das possíveis “respostas” das instituições da educação e de formação, à luz do horizonte pessoalmente traçado para a educação e a formação do futuro.
I PARTE
1.Vivemos tempos de transição cultural, fortemente marcados por mutações técnico-económicas, a sociedade da informação e a globalização económica. Muito sinteticamente, retomo algumas das características deste processo de transição: o liberalismo económico expande-se por todo o mundo, sobretudo após a queda do Muro de Berlim (1989, o fim do século XX?), como uma ideologia global e aparentemente inapelável; as economias terciarizam-se, ganhando relevo crescente os sectores do comércio, dos serviços às empresas, dos serviços pessoais e dos serviços de saúde, novos serviços de informação e de telecomunicação, serviços financeiros, ...); os microprocessadores favoreceram a emergência acelerada de novos processos técnicos, novos produtos, novos mercados e novos empregos (robótica, tecnologias da informação, biotecnologia, ...); o modelo taylorista de produção evolui para novas configurações, sobretudo neo-tayloristas; assistimos a um novo dinamismo dos sectores de produção não-industrial de serviços e de bens imateriais (informação, marketing, design, publicidade, serviços financeiros,...); muitas organizações e pessoas passam a ter um acesso rápido, à velocidade da luz, a informação pertinente e oportuna,