A Educa O No Brasil No Per Odo Do Estado Novo
O Brasil de 1937 recebeu em novembro uma nova Constituição. Vale ressaltar que este período da história é marcado pela crescente crise europeia que culminou na 2ª Guerra Mundial. Fascismo e ideologias de dominação, superioridade racial e conquista de territórios estavam na pauta do momento. E como estava a educação brasileira nesse momento?
A nova constituição enfatizou o ensino pré-vocacional e o ensino profissional. A visão era de que havia grande necessidade de uma maior contigente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado. Negando em parte a orientação positivista, propôs que a ciência fosse livre para a iniciativa privada, mas apenas opcional para o Estado. Fez o mesmo com as artes. Manteve a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário (1ª a 4ª séries). Para se adequar à orientação da Escola Nova, estabeleceu como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais (formação de professores no Ensino Médio – Magistério), primárias e secundárias.
Ou seja, os ideais e as várias conquistas advindas da Reforma Francisco Campos e do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova que se refletiram na Constituição anterior (1934) sofreram uma inflexão. O ensino superior e o trabalho intelectual sofrem um direcionamento para as classes mais favorecidas, ao passo que o ensino profissional e técnico se volta para as classes mais desfavorecidas.
Ainda assim, neste período podemos ver a criação de algumas entidades, autarquias, agremiações e instituições, além de alguns avanços na legislação. São desse período a UNE - União Nacional dos Estudantes, o INEP - Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP e o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Neste período o ensino ficou assim composto:
I – 5 anos de curso primário (de 7 a 11 anos)
II – 4 anos de curso ginasial (12 a 15 anos)
III – 3 anos de colegial (16 a 18 anos), podendo ser na modalidade clássico ou científico