A década de 80
Muitos autores de diversas áreas intitulam a década de 80 como uma das “melhores” épocas. É de senso comum que na década de 80 houve grande desenvolvimento tecnológico, têxtil e acadêmico. Graças a esses aspectos, muitos tecidos, cores, estampas e formas de trabalhar com esta diversidade apareceram. No Brasil, nasceram as primeiras escolas de Moda, muito provavelmente, por meio da demanda crescente e carência da área no país.
Entretanto, não foram os únicos aspectos relevantes na época, o mais aparente e talvez mais importante fosse a influência constante da música e da televisão. Meios que tinham grande abrangência e, exatamente por isso, eram grandes difusores de exemplos, estilos de vida, forma de agir e vestir.
Logo, entende-se que muitas estrelas musicais ditavam moda e influenciavam muitas pessoas-grupos. A televisão também estimulava e ditava valores e signos visuais através dos filmes internacionais e das novelas.
Ao analisar-se de maneira generalista, nota-se a ciclicidade referente à moda. É interessante conhecer as épocas anteriores, às vezes, não é notório, mas muito do que é ouvido e usado nos dias de hoje veio dos anos 80, assim como muito do que era ouvido e usado naquela época buscava influência de outras épocas. Esse tema é relevante, pois leva a uma “viagem no tempo”, mostrando como as pessoas se vestiam naquela época e viabilizando um paralelo entre presente e passado.
Segundo Rosa (2006), ao longo da história, pode-se ver em cada época fatos e eventos que assumem determinada forma rítmica nas semelhanças visuais. A moda é carregada de conceitos, conteúdos e contextos expressivos que retratam diferentes épocas em que o homem viveu. Trata-se da repetição destes padrões visuais no seu modo de vestir. Para Lipovetsky (2003), a moda é um fenômeno que abrange a linguagem e