Década de 80
Iniciamos os planos econômicos da década de 80 contextualizando alguns fatos que não podem deixar de ser citados, sendo eles três choques que abalaram as estruturas econômicas brasileiras:
A elevação brusca das taxas de juros internacionais, aumentando de forma substancial o total de juros pagos por países devedores;
A recessão norte-americana de 79 a 82, que pesquisadores consideram a mais grave desde a Grande Depressão de 1930,
E finalmente o segundo choque do petróleo, triplicando o preço do mesmo. Após a Revolução Iraniana, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, que depôs o xá Mohammad Reza Pahlavi, transformando o Irã de Monarquia, para uma República Islâmica. O Irã era um dos maiores produtores de petróleo do planeta, mas após a entrada de Khomeini, a produção estava baixa, devido aos conflitos políticos internos, fazendo valer a “Lei da Oferta e Procura”, consequentemente elevando preço do barril de US$ 12,00 para US$ 36,00, piorando a situação econômica brasileira que dependia do petróleo vindo do oriente médio.
Nesse período a moeda circulante no país era o Cruzeiro, que vigorou do período de 15 de maio de 1970 a 28 de fevereiro de 1986. Este padrão na verdade é a terminação da reforma monetária empreendida quando da aplicação do padrão anterior cruzeiro novo, sendo que a diferenciação é que, por força da lei, a expressão "novo" e o "N", que antecedia o símbolo do cruzeiro (Cr$), foram suprimidos.
Após o regime militar, foi eleito o Presidente Tancredo Neves, por eleição indireta, trazendo muita euforia e esperança à nação, porem uma fatalidade veio levá-lo ao falecimento, assumindo assim o vice-presidente José Sarney, conhecido de nós até hoje, com uma política econômica anterior com descontrole e inflação exacerbada, no dia 1º de março de 1986, pela Presidência da República, ao comando do Ministro da Fazenda, Dílson Funaro, foi instituído o Plano Cruzado, reforma monetária essa que cortou três zeros