A distribuição espacial das redes de transporte
Transporte Ferroviário
A rede ferroviária tinha, no final de 2005, cerca de 3614 quilómetros de via-férrea em território nacional, dos quais cerca de 2839 (78,5%) encontravam-se em exploração. Do total da extensão explorada, cerca de 1436 (50,6%) quilómetros estavam electrificados. Circulavam cerca de 151 milhões de passageiros e 11 196 228 toneladas de mercadorias.
Em 1997, tendo em atenção as normas comunitárias e visando um modelo de exploração mais eficaz, procedeu-se à separação entre o transporte de passageiros e mercadorias e a gestão da infra-estrutura ferroviária, cabendo a primeira à CP e a segunda à então instituída Refer. No ano seguinte era criado um organismo regulador do sector, o Instituto Nacional do Transporte Rodoviário.
A CP organizou-se em unidades de negócio: Suburbanos do Grande Porto, Viagens Interurbanas e Regionais, Transporte de Mercadorias e Logística e Material de Tracção.
Automatizado desde 1993, o antigo sector oficial da CP transformou-se numa empresa, a EMEF, responsável, quer pela manutenção do material circulante, quer pela reabilitação do mesmo. É o caso das automotoras ligeiras LRV (da designação inglesa Light Rail Vehicle) já a operar no Tua, Tâmega e Corgo, das remodelações automotoras verdes de via larga recentemente introduzidas na Lousã ou das unidades eléctricas em circulação em Cascais desde a Expo 98.
A estação de Santa Apolónia, em Lisboa, verá reforçada a sua interligação com os restantes meios de transporte. Começarão a circular no Grande Porto comboios de última geração. O serviço intercidades será alargado. Se a primeira revolução industrial é indissociável do comboio, a civilização do século XXI dificilmente poderá passar sem ela.
O ano de 1856 marca o arranque do caminho-de-ferro nacional, com o troço Lisboa-Carregado, numa extensão de 36 km. A partir desta data, e apesar do atraso de cerca de 30 anos em relação aos ingleses e de 20 anos em relação aos