A DISCRIMINA O DE G NERO ENTRE OS JOVENS
Por CGT BRASIL
CONTEXTO HISTÓRICO
Para entendermos a diferença de gênero devemos sobretudo racionalizar sobre as questões históricas que deram ensejo a essa dicotomia. A relação de homens e mulheres seguem padrões assimétricos oriundos de um contexto formador da construção social de ambos. A desigualdade das mulheres é um processo que começa com a divisão sexual do trabalho e se consolida com a constituição dos gêneros sociais: se você é mulher, tem de fazer determinadas coisas, se é homem, outras. É o dilema que todas as casas compartilham... os meninos brincam de bola, pique e carrinho, as mulheres dividem as bonecas, a casinha , fazem a comidinha.
Já nas sociedades helênicas havia a distinção em que o trabalho masculino consistia na orientação da política e da construção da polis, enquanto a feminina se ocupava da casa e da família, era a mulher a gerenciadora do espaço restrito e peculiar a sua sensibilidade. Com o decorrer dos tempos sua posição foi diminuída , distinguindo-se em mães, outras prostitutas ou cortesãs, nunca chegaram de fato a ter poder de decisão.
No período do Cristianismo com a chegada da Idade Média as mulheres ocupam posição de destaque de forma alternadas, pois quando os homens estavam nas guerras eram elas que supriam o lugar de mando e quando eles retornavam retomavam o seu lugar de origem . Chegam as cruzadas onde a Igreja alcança seu maior poder centralizador, e as mulheres experimentam o período de grande repressão a sua condição, que é o período inquisitorial, onde constata-se a repressão do seu corpo, principalmente a sexualidade, resultando em uma profunda inferiorização feminina.
A partir destas construções o homem é considerado o mantenedor, o provedor da família, enquanto a mulher aliada a figura de geradora, introjetou a vergonha pelo corpo, a repressão sexual , condicionada a subalternidade. Enquanto o homem ganhava o dinheiro para a manutenção da família e incorporação de