A diplomacia cultural no Mercosul
Maria Susana Arrosa Soares possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963) e doutorado em Estudos Latino-Americanos - Universidad Nacional Autonoma de Mexico (1983). Atualmente é professora adjunto IV da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Sociologia, atuando principalmente na pesquisa dos seguintes temas: integração latino-americana, Mercosul, relações internacionais, educação superior e universidade.
Obras publicadas:
Thesaurus de Relações Internacionais
Sociologia e Relações Internacionais
O perfil do estudante da UFRGS
Educação Superior no Brasil
El Mercosur y su contexto regional e internacional
Instituições políticas comparadas dos países do Mercosul
O termo “diplomacia cultural” foi criado por Willy Brand na Alemanha em 1966. Brand era ministro dos Negócios Estrangeiros da República Federal da Alemanha e introduziu essa diplomacia como um terceiro pilar da política externa, juntamente com a política e a comercial. Para ele, a cultura tinha grande importância para a aproximação entre as nações e o relacionamento entre os estados nacionais.
A diplomacia cultural tem papel fundamental na construção da imagem de um país. Países como França, Alemanha, Itália, Espanha, Polônia, Inglaterra e Estados Unidos já desenvolvem essa prática há algum tempo. A França é pioneira nesse campo, inaugurou sua política cultural externa em 1909, que, até hoje, se apoia em extensa rede de serviços e cooperação, de estabelecimentos culturais e de institutos de pesquisa.
A Espanha desenvolve uma diplomacia cultural ágil e criativa, focada na criação de uma nova imagem do país. Por meio de instituições culturais, a imagem do país aproxima-se, cada vez mais, da nova realidade de sua economia, da democracia