A dimensão ética da sexualidade
A abordagem para decidir eticamente o nosso lado mediante a sexualidade é directamente religiosa, humanista ou pragmática. Dado que todos somos sexuados em todas as idades, deduz-se que a sexualidade é a maneira de estar em sociedade que se expressa de muitas maneiras (caricias, beijos, apertos de mão, conversas, etc.) e serve para comunicar, sentir ternura, fazer amizades, manter a saúde, obter prazer, etc..
Os temas centrais do debate se dividem em dois amplos contextos: reprodução; prazer (masturbação, virgindade, relações pré-matrimoniais, homossexualidade, parafilias, erotismo, prostituição, pornografia). A abordagem caracteriza-se quase sempre pelo chocante, evidenciando a origem do conflito dramático, que é o eixo separador da humanidade sexuada. E o velho padrão de conduta que valoriza e enfatiza o negativo, o feio, a dor, a doença, o pecado, o mal, a morte. Para estabelecer uma ética da sexualidade, tem-se de abandonar esse velho padrão e abraçar o positivo, o belo, o prazer, a saúde, o bem, a vida.
Como chegar a uma conclusão sobre a ética da sexualidade?
Seguindo algumas análises apresentadas até aqui podemos chegar a algumas conclusões fundamentais:
“- A pessoa é um valor em si mesma, legitimado pela vida humana. Como tal, ao mesmo tempo em que se constitui valor, é também critério de valores.
- A sexualidade é a principal fonte de expressão da pessoa e, portanto, da vida. Como tal, constitui-se um valor legitimado pela vida. Assim sendo, deve ser humanizada e compreendida como o fator integrador da vida humana personificada.
- Cada pessoa é uma totalidade sexuada, única e irrepetível, com um modo próprio de viver, embora contextualizada em um tempo e um espaço definido. Isto significa dizer que, como ser histórico, único, não pode estar atrelada a um sistema moral fechado universal, como ser histórico-social não pode negar sua contextualização espaciotemporal, o que implica, também, a negação de