a diferença e a diversidade na educação texto
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar a maneira pela qual os conceitos de diferença e diversidade têm sido utilizados no debate contemporâneo brasileiro em educação. Procuramos verificar as razões pelas quais tais temáticas ascendem no âmbito do que é chamado de campo social a partir da década de 1980. Para tanto fizemos um levantamento em alguns artigos de periódicos no esforço de compreender as linhas pelas quais o debate vem sendo construído no âmbito da diversidade e da diferença. Indicamos que existe um uso indiscriminado dessas noções no campo educacional. A síntese provisória permitiu indicarmos três possíveis perspectivas teóricas que buscam equacionar este debate.
Diferença e diversidade: iniciando o debate
Este artigo pretende refletir sobre os usos e as concepções que norteiam a utilização do termo diversidade e/ou diferença no debate brasileiro e contemporâneo na educação. Uma análise breve e descomprometida das últimas produções em educação seja nos periódicos, livros ou nos materiais paradidáticos pode-se visibilizar um processo que poderíamos denominar de “ascensão da diversidade”, como um tema em disputa por correntes teóricas e na realidade social. As mãos coloridas dispostas em círculo, os agrupamentos de crianças como representantes de diferentes grupos étnico-raciais e crianças com deficiências unidas sob o título de, por exemplo, “ser diferente é legal”, revelam que de alguma forma passamos por um processo de absorção e/ou resposta ao agravamento dos conflitos entre grupos sociais de diferentes culturas, etnias e raças e de acolhida às ações, demandas e discursos dos movimentos sociais – negro, feminista, indígena, homossexual, entre outros – que reivindicam, há algumas décadas o reconhecimento e inserção social e política dos particularismos étnicorraciais e culturais no interior do quadro nacional, especialmente nas políticas educacionais.
A utilização dos termos diversidade e