A desinformação pela abundância de informação
Diante de toneladas de noticias, todos os dias, somos bombardeados de informações que em sua maioria não nos acrescenta em completamente nada, apoio-me na forma que os indivíduos se expressam, que nada mais é do que a forma que eles leem. Um famoso programa de televisão, tem como título “Você é o que você come” diante dessa afirmação, faço uma grosseira comparação ao texto de Rubem Alves (A leitura dos jornais nos torna estúpidos?) em que o mesmo faz relação de tudo que se é lido, a ditos gastronômicos. Exemplificando isso, Rubem diz em um trecho que: “Sou seletivo em minhas leituras. Leio gastronomicamente. Diante de jornais e revistas eu me comporto da mesma forma como diante de uma mesa de bufê: provo, rejeito muito, escolho poucas coisas.” Sendo assim, se nos enfartamos de notícia gordurosa, fofocas apimentadas e jornais estupidamente salgados, será difícil opinar mais adiante. O que está em jogo não é se sabemos ler, e sim, se sabemos interpretar o que se é lido. Todo mundo sabe pegar uma noticia de jornal e principalmente digital, passar os olhos e repassar o que foi lido em uma roda de amigos. Mas poucos, digo poucos, sabem ler, interpretar, e repassar com a sua opinião já formada. É fato que, o público, na verdade, é quem escolhe o que vai ler, é quem sem saber, seleciona o que os jornais irão divulgar. Inúmeras situações importantes acontecem a todo o momento no mundo, mas, aquilo só será acrescentado aos noticiários, se for, o que o público busca saber, o que em sua maioria não acontece. A facilidade com que essas informações são encontradas na internet, tira do leitor a busca por fontes, situações ou reformulação do texto.
Como questionado por Rubem Alves, em seu texto, “A leitura de jornais nos torna estúpidos?” Afirmo que: Sim! Acima de tudo, por que, a imprensa não estimula os indivíduos a pensar. É necessário que o povo seja educado a se expressar, e é por meio de leituras que essa