A Desigualdade Social na Região Centro-Oeste
Os pesquisadores verificaram que maiores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), proporção de pessoas vivendo em domicílios com banheiro e água encanada, despesa total com saúde por habitante e número de médicos por mil habitantes estavam associados a menores coeficientes de mortalidade infantil por causas evitáveis. Estes também eram menores nos municípios do Sul e Sudeste, se comparados aos do Centro-Oeste, evidenciando uma desigualdade geográfica.
A prosperidade agrícola no Centro-Oeste, que se refletiu na renda e no aumento discreto do emprego, no entanto não tem contribuído para aliviar os altos índices de desigualdade entre as pessoas ocupadas na agropecuária.
Estudo para o Centro-Oeste em 1980 ressaltava, em 1992, que “todos os resultados indicam que o processo de modernização, ao instaurar-se no Centro-Oeste, trouxe sérias conseqüências quanto à desigualdade de renda.
Fica evidente que a modernização da agricultura goiana constitui-se em importante instrumento de crescimento econômico. Não foi capaz, contudo, de eliminar a pobreza rural.
Mais que isso, não promoveu a distribuição eqüitativa do crescimento, tendo, ao contrário, ampliado as desigualdades.
Resultados localizados e específicos, comentado acima, apenas reforçam a possibilidade de que a expansão do agronegócio esteja contribuindo para uma piora da desigualdade da distribuição dos rendimentos na região, aumentando a renda de grupos de pessoas ocupadas nas atividades em expansão, como a soja, enquanto que as atividades tradicionais não ofereceriam as mesmas possibilidades de aumento de rendimentos. No Centro-Oeste, ainda convivem pessoas muito ricas e pessoas muito