A câmera clara resumo do capitulo 14

A câmara clara – Roland Bearthes;
Capitulo 14.
O capitulo se baseia principalmente no gesto essencial do fotografo, para Bearthes, o gesto perfeito da surpresa, quando aquilo que esta sendo fotografado não tem conhecimento do ato, e então o conceito do CHOQUE ganha forma, pois o referencial deixa-se revelar o que está tão bem escondido que o próprio autor desconhecia ou não estava consciente. O choque, diferente do punctum, trata-se de revelar aquilo que estava escondido.
Logo após, o autor nos apresenta a Gama de surpresas, que para ele se resumem em cinco:
1- RARO: pesquisas -> raridade da referencia. Fotógrafos fizeram uma coletânea de coisas diferentes, raras.
2- MOMENTO CONGELADO: bastante utilizado na pintura. Colher um gesto no momento de sua execução. Mobilizar uma cena no momento decisivo. Registro de uma cena rápida, a exemplo.
3- PROEZA: persistência e afinco no trabalho. O fotógrafo consegue registrar momentos considerados difíceis, mas que para o autor não o chama tanto atenção.
4- CONTORÇÕES DA TÉCNICA: Sobreimpressões, anamorfoses (uma imagem distorcida que, pela observação de um ponto focal específico ou através de um objeto refletor, aparece reconstituída aos nossos olhos.), exploração voluntária de certos defeitos. Tem um alcance de “revolta”.
5- DESCOBERTA: Uma cena natural, comum, que o fotografo capta “por coincidência”.
Todas as surpresas obedecem ao principio de desafio, o fotografo deve desafiar as leis do provável ou até do possível, a um ponto extremo, ele deve desafiar as leis do interessante. A foto torna-se interessante a partir do momento em que não se sabe o porquê ela foi tirada. Quando o fotógrafo faz uma foto do notável, se torna surpreendente, consegue impressionar.