A Crise no Sistema Cantareira
Um assunto urgente e de vital importância: a escassez de água na Região de Campinas que, com a inesperada “estiagem” em pleno verão, tende a se agravar.O racionamento de água que põe em lados opostos a Região de Campinas e parte da Região Metropolitana de São Paulo já é considerado o maior conflito pela água.
Para entender essa disputa, é preciso antes conhecer um pouco do Sistema Cantareira.
Formado por uma série de seis reservatórios que são ligados por túneis e canais que captam e desviam água dos supracitados cursos de água da bacia do rio Piracicaba para a bacia do rio Juqueri, realizando assim uma transposição de águas para a bacia do Alto Tietê, de onde, no reservatório de Paiva Castro, as água são bombeadas para o reservatório de Águas Claras, tendo por finalidade o abastecimento em parte da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Na RMSP, o sistema abastece 8,8 milhões de pessoas.
Na Região de Campinas, 76 municípios são abastecidos totalizando 5 milhões de pessoas.
Histórico de volume armazenado e da pluviometria
Cada ponto no gráfico corresponde ao volume armazenado no último dia do mês correspondente. Em cinza estão as linhas que correspondem ao volume armazenado em anos de situação normal de abastecimento. Em cores estão os anos cuja trajetória foi ou é atípica.
O gráfico de pluviometria é uma média das linhas em cinza e azul para uma comparação com a vermelha, que se refere ao período 2013-2014.
Outro agravante é o Reservatório Paiva Castro, que funciona como uma “poupança de água” e atende somente a RMSP, ou seja, apenas uma parte do volume total armazenado no sistema Cantareira atende a bacia PCJ, que abastece a Região de campinas.