Crise de abastecimento no Sistema Cantareira
Responsável pelo abastecimento de quase 12 milhões de pessoas, sendo 9 milhões apenas na Grande São Paulo, o Sistema Cantareira é um maiores sistemas fornecedores de água do mundo e o mais importante da região metropolitana de São Paulo. Mas desde o início do ano tem enfrentado uma crise de recurso hídrico histórica.
As chuvas mais abundantes que caem no estado ainda não tiveram repercussão sobre o volume de água das seis represas que formam o Sistema Cantareira, o principal manancial da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e que abastece 374 cidades, incluindo parte da capital paulista, municípios da Grande São Paulo e outros do interior.
Nos primeiros dez dias de setembro, o acumulado de chuva atingiu 30,1 milímetros (mm), pouco para evitar que continuasse baixando o volume de água disponível para distribuição em residências e empresas comerciais. Hoje, passados 20 dias de setembro, há apenas 8,2% do total da capacidade de operação.
Com essa marca, a reserva hídrica se aproxima do volume crítico que havia em 15 de maio último (8,2%), véspera da entrada em operação da atual utilização da reserva técnica, mais conhecido como “volume morto”. Naquele período, foram acrescidos 182,5 bilhões de água, elevando o nível em 18,5% e com volume total disponível de 982,07 bilhões de litros.
Segundo a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, no entanto, o abastecimento está garantido até março de 2015. Porém metade da água retirada do volume morto da represa de Jaguari-Jacareí já se esgotou, levando a Sabesp a iniciar novas obras para retirada de outra parte desse reservatório técnico.
A iminência de São Paulo sofrer um colapso no abastecimento de água é real e um problema grave. São críticos os níveis dos reservatórios, e seria impensável o governo do estado se abster de buscar soluções para esta crise, numa questão vital para a população e a atividade econômica.
Portanto,