A crise financeira e seus desdobramentos para o mundo, inclusive para o brasil
A crise americana teve inicio no ano passado em conseqüência dos prejuízos causados pelo setor imobiliário. Temia-se o estouro da “bolha imobiliária” inflada por uma concessão de crédito barato, o que fez crescer o número de construções e conseqüentemente o número de hipotecas.
A crise no pagamento das hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Vários bancos apresentaram quedas bilionárias, outros chegaram a quebrar.
Em Londres a bolsa despenca em 32%. O mercado de trabalho encolhe cada vez mais. Em janeiro de 2008 as bolsas globais somam uma perda de US$ 5,2 trilhões. Na Suíça é anunciada a queda de 72% dos lucros dos bancos e a demissão de 5,5 mil funcionários. No Japão os quatro maiores bancos calculam perda de 4,7 bilhões.
Em março de 2008, em Nova York analistas afirmam que o país entrou em recessão. A alta da inflação ao consumidor nos EUA chega em 08,% em agosto de 2008.
No mundo todo os bancos perderam um total de US$ 319 bilhões e demitiram 48 mil pessoas.
No Brasil o principal efeito da crise é a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes empresas que dependem de financiamento externo passam a encontrar dificuldades em obter crédito, afinal, os bancos têm medo de emprestar em um momento de crise. Por conseqüência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país.
Embora o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirme que a economia está solida e preparada para a turbulência, criou uma Medida Provisória que permite ao Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar outras instituições financeiras.
O momento atual demonstra que a crise está longe de ser superada. Mesmo não tendo sido o Brasil atingido tão duramente quanto os demais países existe uma grande preocupação no país todo.
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