Trabalho
Tombini deixa claro que o objetivo do Banco Central é reduz a inflação e não estimular o crescimento.
"Nossa meta é a inflação, então temos que ajustar e calibrar nossas políticas para atingir nossos objetivos", disse Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, ao The Wall Street Journal. "O crescimento não é uma meta do Banco Central."
"A inflação nos últimos meses se mostrou mais resistente do que gostaríamos", disse Tombini no sábado. "Estamos monitorando os desdobramentos atentamente."
Os mercados provavelmente verão com bons olhos qualquer sinal de que o BC está atacando a inflação, dizem os analistas.
O governo "concluiu que a percepção da credibilidade da política [econômica] estava muito baixa e começou a se esforçar para tentar resolver isso", Essas preocupações levaram alguns investidores estrangeiros a preferir outros mercados emergentes, inclusive o México, complicando as tentativas do Brasil de elevar o investimento a caminho da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016"É por isso que o desempenho do Brasil está baixo", diz Kathryn Rooney Vera, estrategista de macroeconomia da Bulltick Capital Markets.
Tombini disse que a inflação permanece teimosamente alta por causa do aumento dos preços dos alimentos no ano passado e da desvalorização acentuada do real, que caiu 10% em relação ao dólar em 2012. O Brasil tem estado à frente da chamada guerra cambial, em que bancos centrais do mundo todo estão tentando enfraquecer suas moedas para manter suas economias competitivas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi um dos primeiros a usar o termo, em 2010, depois da crise financeira, e o governo vem adotando controles específicos de capital para reduzir a entrada de recursos.
Mas Tombini disse que o Brasil tem problemas mais graves para resolver. "Não creio que o Brasil deva entrar nesta guerra no momento”. O BC pode intervir no mercado de câmbio para impedir uma volatilidade