A crise econômica mundial
Resumo.
Especialistas analisam os efeitos da crise econômica mundial nos países em desenvolvimento. Para muitos, são os mais pobres que vão arcar com as conseqüências da instabilidade do sistema financeiro.
A História humana é um eterno recomeço. E vamos ver que o mesmo é verdade para a história dos mercados financeiros também, especialmente no caso das crises nos mercados acionistas. Vejamos os gráficos, a análise do período 2008-2011.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que a crise é grave, mas o Brasil está preparado.
Crise econômica afeta principalmente países em desenvolvimento
Peter Wahl, especialista em finanças da organização WEED (sigla em inglês de Economia Mundial, Ecologia, Desenvolvimento), sediada em Berlim, vê os países em desenvolvimento como os grandes perdedores no contexto dos atuais problemas que afetam o mercado internacional.
"A crise financeira e principalmente a crise real da economia irão fazer com que os encargos dos Estados subam violentamente. A dívida pública vai crescer vertiginosamente, o que irá cercear de forma dramática o espaço destinado à cooperação para o desenvolvimento. Uma cooperação que, antes da crise, já apresentava enormes dificuldades de atingir suas metas", diz Wahl.
Aumento da pobreza
O pleiteado aumento das verbas destinadas pelos países do norte do planeta à cooperação econômica com os países em desenvolvimento deverá, diante da pressão da atual crise – e dos rombos nos orçamentos públicos por ela provocados –, se manter inatingível.
Para Wahl, a atual crise econômica deverá gerar uma pobreza ainda maior no mundo, com um aumento sensível dos problemas já existentes nos países em desenvolvimento. No entanto, salienta o especialista, nem todos estes países deverão sofrer diretamente os efeitos da crise.
Proximidade dos EUA
"Os mais prejudicados serão aqueles que mantêm uma relação próxima com os EUA, ou seja, os que fazem parte da zona de livre comércio americana: o