A COP-15
Entre os presentes estavam: O presidente Lula, seus colegas dos Estados Unidos (Barack Obama) e da África do Sul (Jacob Zuma) e os primeiros-ministros da China (Wen Jiabao) e Índia (Manmohan Singh), e participação direta dos chefes de Estado e de governo na articulação de um tratado para suceder o protocolo de Kyoto na tentativa de se reduzirem as emissões globais de gases do efeito estufa. Até então, essas discussões costumavam ser travadas por ministros ou negociadores especializados.
O Acordo de Copenhague, resultado final da COP-15, foi criticado por muitos pelas suas metas imprecisas e pouco ambiciosas e por não ser legalmente vinculante para seus signatários. Para muitos, a COP-15 foi um fracasso retumbante. Mas alguns viram na articulação política dos estadistas um sinal de mudança nos ventos diplomáticos.
Copenhague :antes e depois - Fracasso ou ponto de inflexão?
O cientista político e jornalista Sérgio Abranches é um deles. Para ele, a COP-15 foi um ponto de inflexão em que alguns países passaram enfim a admitir o desafio de encarar o problema da mudança climática. “Copenhague demarcou o momento em que todos os grandes emissores do mundo sinalizaram que vão cooperar para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa”, avalia. Para ele, é exagerado falar em fracasso.
Abranches esteve em Copenhague e acompanhou de perto a COP-15. Durante o evento, suas análises renderam textos no seu blogue Ecopolítica e inserções diárias na Rádio CBN, da qual é comentarista. Agora, a experiência intensa de cobrir uma COP in loco acaba de dar origem ao livro Copenhague – antes e depois.
A obra discute o que estava em jogo naquela reunião, com uma contextualização minuciosa dos encontros que precederam a COP-15 e a apresentação dos fatos científicos por trás da mudança climática.
Abranches discute o papel essencial das