A CONTRIBUI O DO NEGRO NA FORMA O DA SOCIEDADE BRASILEIRA
O processo da colonização brasileira traz consigo traços culturais diferentes trazidos pelos europeus, índios e africanos, os quais contribuíram nos aspectos econômicos, sociais e políticos para a formação da identidade nacional. O negro começou a ser introduzido no Brasil no final do século XVI, com o objetivo de substituir a mão-de-obra indígena, passando a fazer parte como o principal construtor da grandeza econômica da colônia e um dos principais formadores da nossa sociedade. Falar sobre a contribuição do negro para a formação da sociedade brasileira é falar daqueles que plantaram cana-de-açúcar, garimparam o ouro, construíram casas, casarões, igrejas, fortes, sobrados, cidades inteiras, num mundo feito para brancos, os quais os viam apenas como animais ou objetos, ferramentas sem nome, sem memória, sem história e sem mérito algum pelo que realizaram na construção do país e da sociedade, que cada vez, mas os influenciava pela cultura, religião e até mesmo pela intensa mestiçagem, tanto com o branco como com o índio. O negro em geral não era tido como gente, e por isso não existia em termos de ter identidade, cultura e história. O negro, que outrora na África era príncipe ou rei de uma grande tribo, agora tinha seu nome, sua crença, sua dignidade e sua história apagada pelo europeu que o levou ao cativeiro.
O NEGRO NA ÁFRICA: O negro não veio de um continente desorganizado, sem cultura, sem tradição e sem passado. Essa visão distorcida da África era do europeu, ignorante de uma realidade diferente da sua. Para o europeu, o negro era um ser inferior e que só servia como escravo. A África tinha impérios e reinos, além de diversas confederações tribais e cidades-pousadas com seus ricos mercados no caminho do ouro, das especiarias e do marfim. Seus mercados eram ricos em variedades de coisas como o sal e até escravos (como os europeus também). Em toda a África havia povos