A CONTABILIDADE NA ERA DA IMFORMATIZAÇÃO
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REGISTRO DE EMPREGADO1 INTRODUÇÃO
Sobre a importância e o real significado do trabalho, Karl Marx cunhou a célebre frase: “o trabalho dignifica o homem”. Esta frase é síntese, é conclusiva de uma experiência de vida ao lado de um proletariado até então desumanizado pelo tratamento patronal, porém ávido por trabalho, sobrevivência e sobretudo, dignidade. Estamos na efervescência da Revolução Industrial, que é essencialmente onde se origina a ordem socioeconômica vigente, e é também a gênese da utilização de mão de obra nos moldes atuais. Para melhor entendermos esta relação com o nosso objeto de estudo, faz-se necessária a contextualização daquele fenômeno. Na Europa, com a decadência do feudalismo e florescimento do mercantilismo, em fins do século XV, passaram a se materializar Mão de obra, capital e conhecimento, os elementos críticos da Revolução Industrial que iria eclodir na Inglaterra do século XVIII e daí pro restante do mundo. Aqui, é importante caracterizar o elemento mão de obra: outrora retirantes camponeses, estes pioneiros operários destas incipientes fábricas, desprovidos de qualquer forma de organização de classe ou amparo legal/institucional, eram relegados às mais degradantes condições de trabalho: trabalhavam até vinte horas diárias, sem descanso semanal remunerado; não tinham direito a férias nem seguro desemprego. É no centro desta desgastante situação que Karl Marx forja seu discurso, excessivamente hostil, é verdade, mas denunciando com veemência o caráter exploratório do cotidiano do trabalhador e dando assim os primeiros contornos ao Movimento Operário, e indo mais tarde influenciar na criação da Associação dos Operários, em 1836.
A partir deste momento, os operários passaram a reunir-se para reivindicar novas condições de trabalho e melhores salários, surgindo os conflitos trabalhistas, principalmente coletivos. Os obreiros paralisavam a produção, ocasionando a greve, como