A Construção Bela
Lemos, Carlos A. C. O Que é Arquitetura
São Paulo: Editora Brasilense, 1982.
O autor mostra que “(...) de um certo modo, as pessoas procuram achar um vínculo entre a arquitetura e a beleza e para quase todos, então, arquitetura seria a providência de uma construção bela” (p.7).
Mas ele explica que, “Nunca será fácil separar as construções belas das outras (...)” (p.7).
Ele aborda sobre a divisão de três grandes grupos de construções, “(...) as levantadas segundo um critério artístico qualquer, por todos conhecido; as erguidas sem um desejo específico de se fazer arte e, as construções nascidas ao acaso por iniciativa de pessoas realmente destituídas de senso estético e que a ninguém agradam” (p.8).
Neste texto o autor deixa claro, a importância da beleza na arquitetura, porém, ele procura “(...) ver com maior ênfase só os determinantes, ou condicionantes não estéticos que necessariamente mantêm relações entre si quando agem na criação arquitetônica” (p.9).
Então o autor cita alguns exemplos do segundo grupo de construções, relacionadas como “arquitetura sem arquitetos” ou “arte popular” (p.10), onde ele fala que o interesse por esse tipo de obra é relativamente recente; explica ainda, que “são trabalhos executados por uma comunidade e consumidos por essa mesma comunidade, segundo a somatória de conhecimentos disponíveis e a partir dos recursos que o meio ambiente oferece” (p.10).
Mas que, devido “a cada vez maior possibilidade de comunicação entre os povos, estão desaparecendo os locais onde se produz ou se produzia essa arquitetura vernácula, a vítima primeira dos processos colonialistas” (p.11).
O autor defende que “a arquitetura, boa ou má, não se define pelo ornato oposto à construção (...)” (p.13).
Muitas construções, embora seus autores não tivessem intenção de fazer arte, possuíam técnicos dedicados unicamente a resolver problemas práticos por meio da tecnologia que disponham no