A concepção de Força na Antiguidade
Um ponto importante nessa visão é que a alma a que se refere é uma propriedade universal da natureza. Os corpos, em particular com seus movimentos, formas e outros aspectos diferentes, eram manifestações deste universal. As diferenciações e particularidades dos seres ou de um mesmo ser eram realizadas através da atividade de forças emanadas dessa alma - universal.
Tal concepção de força não foi, no entanto, aplicada na explicação do movimento dos corpos. Por exemplo, a gravidade como causa do movimento de queda dos corpos terrestres foi explicada por Platão com argumentos que não tinham nada a ver com o conceito de força emanada da alma universal.
A queda dos corpos para Platão era justificada do seguinte modo: corpos de mesma natureza tendem a ficar juntos. Assim, para ele, terra atrai terra, fogo atrai fogo etc. No seu pensamento, a qualidade de ser leve ou pesado era uma propriedade natural e havia, além disso, uma outra explicação a de que cada elemento tem um lugar natural no espaço. Essa hipótese foi adotada por Aristóteles e levou a uma divisão radical dos fenômenos físicos em processos terrestres e celestes.
A divisão entre o mundo dos céus e o mundo da terra, cada um com suas próprias leis autônomas, só foi completamente deixada de lado com a Teoria da Gravitação de Newton.
Essas mesmas concepções platônicas levaram Aristóteles a reconhecer dois tipos de força: physis uma força inerente à matéria que ele denominava physis (natural ou de natureza de) responsável pelos movimentos