A complexa realidade das urbanizações fechadas brasileiras
Tássia Coser Normann
AGB – Sessão Porto Alegre
Universidade Federal do Rio Grande do Sul tcnormann@gmail.com Resumo
Ao contextualizar uma pesquisa sobre urbanizações fechadas brasileiras de forma legal e teórica, além da bibliográfica, é possível perceber que este elemento urbano apresenta várias facetas e insere-se em diversas realidades, constituindo um aspecto muito complexo e controverso para a geografia urbana. Apesar disso, ao realizar esses procedimentos, foi possível concluir que esse objeto de estudo pode ser, de forma a facilitar sua análise, enquadrado em duas categorias: as urbanizações fechadas que o são fato (loteamentos fechados) e as que o são de fato e por direito (condomínios horizontais e verticais). As desta segunda categoria são constituídas por condomínios que passam por uma série de restrições para aprovação e construção e que promovem a segurança e o status para sua valorização. Os loteamentos fechados, que compõem a primeira categoria, passam por uma aprovação menos restrita e têm menor custo de desenvolvimento e construção, o que facilita sua multiplicação e, por vezes, posteriormente procuram seu fechamento ilegal para aproveitar-se dos mesmos atributos de valorização na venda que os condomínios. Mas, além da segurança, considerada como o principal atributo das urbanizações fechadas, a bibliografia e as pesquisas nos apontam diversas outras razões para sua existência e (por que não dizer?) de seu “sucesso”, que vamos de forma genérica abordar nesse trabalho, dando ênfase à diferenciação das suas duas categorias.
Palavras-chave: Urbanizações fechadas; Condomínios; Loteamentos. 1. Sobre a segregação urbana Qualquer cidade atualmente insere-se no padrão capitalista não só de exploração de recursos, mas também no que seria um processo de espacialização e organização de sua sociedade através das formas urbanas que a cidade assume. Sua expressão