Revolução cubana
Samba-canção é um subgênero musical originário do samba, que surgiu no final da década de 1920 com a modernização do samba urbano do Rio de Janeiro. Como o próprio nome sugere, o samba-canção indica uma aproximação do samba com a canção, sucessora da modinha da música romântica ao longo das décadas de 1920 e 1930. No entanto, antes do surgimento das músicas que realmente eram classificadas como samba-canção, diversos sambas fora da época de carnaval eram classificados como samba-canção. A primeira canção reconhecidamente a fazer sucesso como samba-canção foi "Linda Flor (Ai Ioiô)" do compositor Henrique Vogeler e dos letristas Marques Porto e Luís Peixoto.
Também chamado de "samba de meio de ano" (ou seja, sambas feitos fora da época de Carnaval), o samba-canção possui uma melodia mais elaborada, tratando de temas como amor, solidão e ciúmes, a famosa dor de cotovelo. O samba-canção desenvolveu-se a partir de músicos profissionais que tocavam em teatros de revista cariocas. A década de 1930 foi o período no qual o samba-canção desenvolveu-se como estilo musical, com a produção de massa desses sambas a partir das mudanças no andamento batucado e simples do samba urbano carioca e da conservação da estrutura musical original.
As marchinhas e os sambas carnavalescos, que eram o grande sucesso nas emissoras de rádio da década de 1930, começaram a perder força, a partir da década de 1940, para temas de conteúdo passional (paixão), estrangeiros como a balada, o bolero, a guarânia e o tango, e, sobretudo o samba-canção, que foi muito influenciado no período por esses gêneros citados. Entre os grandes intérpretes desta fase, temos Nelson Gonçalves, Jamelão, Dircinha Batista, Linda Batista, Elizeth Cardoso, Doris Monteiro, Dalva de Oliveira, Nora Ney, Maysa, Tito Madi e, claro, Dolores Duran - esta também compositora de sucesso.
No entanto, o samba-canção foi perdendo terreno no final da década de 1950 com a redefinição estética dentro do samba trazida pela