A COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA
Na parte introdutória, ressalta-se o porquê de se estudar a Língua Portuguesa numa perspectiva de ensino que proporcione ao aluno usar mais adequadamente, e para maior variedade de fins, o conhecimento linguístico que ele já possui. Busca-se colocar em pauta a importância da competência que o falante nativo da língua portuguesa deve ter para ler, escrever, construir textos mais bem elaborados, coesos e coerentes, com base nos ensinamentos prescritivos e analíticos da tradição gramatical escolar a fim de proporcionar ao falante da língua o refinamento dos significados desta.
Paralelamente à discussão inicial, ganham relevância reflexões outras quando das manifestações do conhecimento linguístico. Surge, então, uma percepção de gramática por uma óptica gerativa, que tem como objeto de estudo a descrição e a explicação de algumas características particulares do conhecimento linguístico, centrado na sintaxe, e que descreve a competência do falante, ou seja, a capacidade que todo falante tem de produzir todas as frases possíveis da língua. Nessa perspectiva, não interessa a performance, ou seja, o desempenho de falantes, mas, sim, essa capacidade que todo falante tem.
Partindo dessa capacidade, a teoria chomskiana conduz ao universalismo, à gramática universal, entendida como um conjunto de princípios linguísticos (comum a todos) e determinados