A competição na Educação Física
Quem nunca ouviu dizer que “O homem é um ser competitivo”? Esta frase pode estar correta, quando observamos que na sociedade compete-se a todo o momento, ora com os outros, ora consigo mesmo. Estamos sempre atrás de algo para obter vitória ou algo que nos traga “orgulho”, que segundo o dicionário Aurélio, significa: ”1.Sentimento de dignidade pessoal” ou pode se entender como “2.Amor-próprio demasiado [Antô.: Humildade]”.
Huizinga (1993) cita que: “Jogamos ou competimos por alguma coisa. O objetivo pelo qual jogamos e competimos é antes de mais nada a vitória”.
Há vários conceitos relacionados aos jogos competitivos com seus prós e contras, mas o que é importante é saber que a competição faz parte da cultura do homem, está no seu cotidiano.
É necessário encontrar formas para trabalhar a questão da competição, se considerarmos o meio em que vive e qual é o objetivo em competir. Por exemplo: em um acampamento educativo as crianças são divididas em equipes e durante a semana elas participam de atividades competitivas, porém, o objetivo de um acampamento é a convivência, a sustentação e a independência da criança e do adolescente.
Sobressair ou igualar-se ao outro (emulação) são características que podemos observar em participantes de competições. Para Tani (in Brotto, 1999) a competição é “quando uma pessoa ou grupo tem como objetivo um melhor resultado em relação à outra pessoa ou grupo, é gerada a oposição”.
O jogo competitivo é muito bem representado pelo esporte, que tem como objetivo a auto-superação e a vitória. O esporte está sendo utilizado por muitos como única prática de ensino nas aulas de Educação Física, mas deveria ser utilizado como instrumento e não como treinamento. Moreira (in Santin, 1988) descreve: “O professor de Educação Física e das práticas esportivas, mais do que saber técnicas e estratégias, precisará saber brincar”. É necessária uma discussão sobre a aplicação do esporte na escola, para