Conceituados coerência e coesão, abordaremos agora alguns exemplos. No livro de Koch e Travaglia (2009), (página 9), a coerência textual é vista como algo ligado ao raciocínio lógico. Em textos incoerentes como: “Maria tinha lavado a roupa quando chegamos, mas ainda estava lavando a roupa”. “João não foi a aula, entretanto estava doente”. “A galinha estava grávida”. Na primeira frase podemos perceber que a incoerência é gerada pelo o fato da sequência apresentar o mesmo processo verbal, acabado e não-acabado ao mesmo tempo, o que não é aceitável. Na segunda a conexão entre as duas orações “ir a aula e estava doente” estabelece uma relação de oposição que contraria a relação da causa. Na terceira frase a incoerência é notada porque ocorre contrariedade no conhecimento geral. Tendo noção e conhecimento do que é um texto incoerente, analisaremos agora um texto coerente. Na propaganda de um carro por exemplo: “VOLKSWANGEN VOCÊ CONHECE, VOCÊ CONFIA”. Podemos perceber claramente através do apelo do anuncio, que se trata de um texto coerente, já que a propaganda de um modelo de carro ressalta suas qualidades. Dos estudos descritivos e aplicados sobre coerência textual, talvez o de Charolles (1978) sejam os mais citados, texto no qual o autor estabelece quatro meta-regras de coerência, aplicando-as à análise de redações escolares. Vamos a elas: - REPETIÇÃO: Trata-se da retomada necessária de elementos no decorrer do discurso, pois um texto tem que possuir unidade, com elementos constantes no seu desenvolvimento, tratando a cada passo de assuntos diferentes. Um texto coerente apresenta continuidade semântica na retomada de conceitos e ideias, como podemos notar na utilização de recursos linguísticos de pronomes, repetição de palavras, sinônimos, hipônimos, hiperônimos entre outros. - PROGRESSÃO: Nesta meta-regra, o texto deve retomar seus elementos