Coer Ncia Textual Texto
A coerência refere-se como os conceitos e as relações subjacentes ao texto de superfície se unem numa configuração, de maneira reciprocamente acessível e relevante. Dessa forma, “a coerência é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e não mero traço dos textos” (FÁVERO, 2000, p. 10). Em outras palavras, coerência é um conjunto em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que não haja algo destoante, ilógico, contraditório e desconexo. No exemplo: Meu filho estuda nesta Universidade. Ele sabe que a primeira Universidade do mundo românico foi a de Bolonha.
Os professores desta Universidade são profissionais competentes.
A Universidade possui uma agência de turismo. O sintagma nominal “meu filho” vem pronomizado e o item lexical “Universidade” vem constantemente retomado. Contudo, isto não é o suficiente para conferir coerência a estes quatro enunciados. Apesar de haver uma coesão relativamente forte no encadeamento das sentenças, não há um texto, uma vez que as relações de sentido não unificam essa sequência. Isso também ocorre em: O aluno está no laboratório. O laboratório tem paredes com azulejos. Os azulejos são brancos. Também o algodão é branco. Para Fávero (2000, p. 11), “pode haver textos destituídos de coesão, cuja textualidade se dá ao nível de coerência”. Exemplo: Taís lê muito. Marcos fez um bom trabalho. Catarina produziu um bom texto. Os meus alunos são estudiosos. (Recupera a unidade e reduz os outros três a um denominador comum) Esses exemplos permitem-nos tirar três conclusões:
a) a retomada dos elementos não é condição necessária para a coerência;
b) a coerência não ocorre somente na sucessão linear dos enunciados;
c) a coerência não é independente do contexto pragmático do qual o texto está inserido.
É a partir dos conhecimentos que temos que vamos construir um modelo de mundo representado em cada texto - é o mundo textual. Este mundo, é claro, nunca