A Classe Operária Vai ao Paraiso
A consciência de classe depende do despertar de uma exploração pela classe dominante, mas o operário tem que pensar por si. Vai depender da própria classe trabalhadora, do despertar ou não de sua consciência de classe.
2. Quais as identidades nesse filme de 1971 que existem hoje?
Lulu é o que no Brasil se chamaria de “operário-padrão”, trabalhando sem parar, batendo as metas, é um operário braçal que tem uma alta produtividade, que por isso passa ser o operário exemplo para todos os colegas. É um trabalhador muito concentrado e que dita às regras e o ritmo a ser trabalhado pelos demais funcionários, estabelecendo as metas a serem atingidas.
Militina é um operário que reconhece os seus direitos, questiona a fábrica, a sociedade moderna, o próprio capitalismo. A loucura seria uma decorrência natural da sociedade moderna, em que o indivíduo acaba sendo destruído física e mentalmente, é assim que o velho operário descreve a loucura: “o cérebro, aos poucos some, faz greve”.
3. Explique com base no filme porque o capital é uma relação social específica de exploração?
A indústria do capitalismo exerce uma consciência da esfera de consumo tendo o mesmo funcionamento da esfera do trabalho. Os capitalistas contratam trabalhadores por meio do trabalho assalariado, e os trabalhadores só possuem sua força de trabalho, tendo que vende-las em troca de um salário. O objetivo dos capitalistas é a produção de mercadorias para a obtenção de lucro. A empresa não se preocupa com as necessidades da sociedade e seu único fim é aumentar os lucros dos donos de meio produção. Por meio do trabalho assalariado, os capitalistas pagam o mínimo possível aos trabalhadores e usurpam-lhes todo o excedente de seu trabalho, o que recebe o nome de mais-valia. Isso acontece, pois, para aumentar seu lucro, os capitalistas devem ter o menor custo. Para conter custos e, consequentemente, aumentar os lucros, os