A classe operaria
A década de 70 seria, no entanto, um período de profundas transformações no capitalismo do mundo todo, em que se inclui a Itália. Depois de um período de conquistas para a classe trabalhadora, o padrão de acumulação taylorista-fordista entra em plena decadência. O resultado seria que muitos dos direitos conquistados seriam postos em xeque pelas burguesias da época, que objetivando diminuir os custos introduzem inovações tecnológicas poupadoras de força de trabalho. Seria o predomínio pleno da subsunção real sobre a formal3, da mais-valia relativa sobre a absoluta, que já vinha desde a eclosão da Revolução Industrial. O homem cada vez mais se torna um apêndice da máquina, não é mais a ferramenta que é construída para adaptar-se a mão do homem, é o homem que tem de adaptar-se à máquina. O papel do trabalhador na geração de riqueza passa a ser questionado, a crise capitalista faz com que a organização dos trabalhadores se depare com o aumento do desemprego, a carestia e a convivência com a reestruturação do trabalho na fábrica.
A partir de todas estas transformações que o mundo do trabalho vivenciava, uma pergunta ecoava na cabeça da