a ciência médica da Química
Amanda Araújo Cavalcante, André da Silva Ferreira e Flávia Sacchi.
Palavras Chave: iatroquímica, Paracelso, moléstia.
A evolução da iatroquímica
A medicina, arte e ciência de prevenir e curar as doenças, desde os tempos primitivos esteve intimamente relacionada com a religião e a magia. No antigo Egito Espíritos bons e maus, interseção de personalidades divinas, era assim a justificativa atribuída a eclosão de moléstias e epidemias. Estas eram tratadas de forma correlata a suas causas, ou seja, feitiços, poções, exorcismos, rituais mágicos entre outros podem ser encontrados em papiros egípcios. A natureza calma e serena, a terra pronta para ser fecundada pelas sementes, o sol como fonte de vida, os chineses e japoneses acreditavam que tudo provinha de um equilíbrio uma harmonia entre as partes da natureza, pois quando ocorria uma perturbação o equilíbrio era desfeito, porém poderia ser restaurado. Eles acreditavam que as moléstias que os acometiam provinham de um desequilíbrio do corpo, e que cabia aos 'médicos' da época restabelecer esse equilíbrio.
Na Grécia antiga o que mantinha os corpos vivos era um fundamental equilíbrio entre os quatro humores: sangue, flegma, bile amarela e bile negra, estes eram mantidos em atividades por uma força denominada calor inato, e quando essa força era de alguma forma perturbada de modo tal que ela entrasse em desordem o individuo estaria doente. Os médicos dessa época eram responsáveis por realizar a manutenção dessa força e restauração do equilíbrio entre os quatro humores.
Ao longo da história esse conceito primitivo veio aprimorando-se até chegarmos a iatroquimica. Theophrastus Bombast von Hohenheim(1493-1541), mais conhecido como Paracelso, rejeitou o ensinamento acadêmico e fundou iatroquímica. A palavra iatroquímica origina-se do grego iatro, seu significado é médico, e seu objetivo era estabelecer a química como o centro da pratica médica, ou seja, suas técnicas