A CIVILIZAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO DO COMPORTAMENTO HUMANO

A CIVILIZAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO DO COMPORTAMENTO HUMANO

O texto inicia falando que o conceito de civilité, que adquiriu seu significado para o mundo Ocidental numa época em que a sociedade cavaleirosa e a unidade da Igreja Católica se esboroavam. Este conceito também constitui a expressão e símbolo de uma formação social que enfeixava as mais variadas nacionalidades. Conceito que recebeu seu cunho no segundo quartel do século XVI, adotado pela sociedade a um curto tratado de autoria de Erasmo de Rotterdam, nessa época, surgiu um grupo inteiro de livros direta ou indiretamente influenciados pelo tratado de Erasmo, com o título Civilité ou Civilité puérile.
O conceito de civilitas, daí em diante, ficou gravado na consciência do povo com o sentido especial que recebeu no tratado de Erasmo.
O livro de Erasmo tratava – se de um assunto muito simples: O comportamento das pessoas em sociedade, onde percebemos um mundo e um estilo de vida que assemelha – se ao nosso em vários aspectos, embora em outros seja ainda bem remoto. O tratado fala de atitudes que perdemos, que alguns de nós chamaríamos talvez de “bárbaras” ou “incivilizadas”.
Nessa época, todos, rei, rainha e camponeses comem com as mãos. Na classe ata há maneiras mais refinadas de fazer isso, por exemplo, é mais refinado usar apenas três dedos de uma mão. Este era um gesto de distinção que separava a classe alta da classe baixa.
A Idade Média deixou – nos grande volume de informações sobre o que era considerado comportamento socialmente aceitável. Comer e beber nessa época ocupava uma posição muito mais central na vida social do que hoje, pois propiciavam o meio e a introdução às conversas e ao convívio.
O padrão de “bom comportamento” na Idade Média, como todos os padrões depois estabelecidos, é representado por um conceito bem claro, onde através dele a Alta Idade Média deu expressão a sua autoimagem, pois o conceito resumia a autoconsciência aristocrática e o comportamento socialmente aceitável.