A cidade e as serras

A cidade e as serras

Biografia
Nasceu em Póvoa de Varzim, em 25 de novembro de 1845.
Passou a infância e juventude sem a presença dos pais.
Estudo direito na Universidade de Coimbra.
Ligou-se a “Escola de Coimbra”
Dedicou-se ao jornalismo.
Participou das Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense, em 1871.
Maior representante da prosa realista em Portugal.
Escreveu grandes obras.
Faleceu em Paris, em 16 de agosto de 1900.

Enredo
A narrativa inicia-se com a história de dom Galião, grande proprietário que, ao escorregar numa casca de laranja, é socorrido pelo infante dom Miguel. Desse dia em diante, o rechonchudo velho torna-se partidário fanático do príncipe.

Em 1831, dom Pedro retorna do Brasil para assumir o trono português, destronando seu irmão, dom Miguel. Indignado, dom Galião muda-se de Portugal para Paris, levando consigo Grilo, futuro criado de Jacinto.

Em Paris, o filho de dom Galião, Cintinho, torna-se uma criança doente e tristonha. Quando adulto, seu aspecto não melhora. Em sua única decisão mencionada no livro, prefere ficar em Paris e casarse com a filha de um desembargador a ir tratar-se no campo. Conclusão: morre três meses antes de nascer Jacinto, seu único filho.

Jacinto cresce como um menino forte, saudável e inteligente. Na faculdade, seu colega Zé Fernandes (o narrador) o apelida de “Príncipe da Grã-Ventura”. Em Paris, andavam em voga as teorias positivistas, das quais o protagonista se revela entusiasta. Jacinto elabora uma filosofia de vida:

“A felicidade dos indivíduos, como a das nações, se realiza pelo ilimitado desenvolvimento da mecânica e da erudição”.

O resultado desse entusiasmo de Jacinto por Paris, porém, se revela desastroso. Zé Fernandes retrata dessa forma a decadência do protagonista, de quem se havia separado durante sete anos:

“Reparei então que meu amigo emagrecera; e que o nariz se lhe afilara mais entre duas rugas muito fundas, como as de um comediante cansado. Os anéis de seu cabelo lanígero