A CIDADANIA E AUTONOMIA NO CONTEXTO ESCOLAR: PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS
Maria Rosa de Barros (*)
RESUMO
Esse artigo apresenta reflexões suscitadas na leitura de textos sobre Psicologia Educacional, nos quais me chamou a atenção a questão de construção de práticas pedagógicas numa perspectiva de cidadania e autonomia. Permeiam o texto, conceitos de educação, ensino, escola, formas de currículo, técnicas de ensino e o posicionamento do professor em sala de aula. Tudo isso, procurando desvelar as questões de uma sociedade “democrática”, onde ocorre estratificação social e cultural, e o currículo é uma forma de controle, legitimador de saberes. Tudo isso num contexto escolar, num universo de conhecimentos, de sujeitos diversificados, desigualdades sociais e exclusão.
Palavras-chave: Autonomia; Cidadania; Escola
O presente artigo tem por finalidade abordar o tema autonomia e cidadania sob o enfoque pedagógico. Algumas questões foram importantes para escolha desse tema para o artigo: O que pretendo com minha ação pedagógica? Em que tipo de sociedade quero viver? Que tipo de homem e de sociedade eu quero formar? Que tipo de profissional e de homem eu quero ser? Etimologicamente autonomia significa o poder de dar a si a própria lei. Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis políticos e sociais estabelecidos na constituição. A partir desses conceitos levantaremos a questão principal do nosso artigo: Será possível construir práticas pedagógicas que se aliem a uma perspectiva de cidadania e autonomia?
Almeja-se demonstrar nesse artigo que no mundo moderno, globalizado, mas ao mesmo tempo, com valores sociais injustos e numa luta de dominados e dominantes, pode-se tentar produzir um cidadão autônomo, que reflete sobre sua ação no mundo e é capaz de interferir de forma ativa, transformando o seu meio e o que lhe envolve. Vários fatores interferem nesse processo, como por exemplo, a escola e o currículo e o professor, e