A catedral metropolitana de brasília
Abraão Batista (Cordel da Catedral)
A Catedral Metropolitana de Brasília constitui um marco na Arquitetura e na Engenharia brasileiras com sua estrutura ousada e singular. Projetada por Oscar Niemeyer no fim dos anos 50, a Catedral foi construída em duas fases: na primeira, foi concluída apenas a estrutura da nave principal e durou seis meses (entre 1959 e 1960); o restante: o espelho d’água, o batistério, o campanário, o interior da nave, os vitrais e a sacristia, foi feito de 1959 a 1970. Na praça de acesso ao templo, estão as quatro esculturas em bronze de três metros de altura representando os evangelistas: João, Marcos, Mateus e Lucas; produzidas em 1968 com o auxílio do escultor Dante Croce. No interior, estão os três anjos suspensos no teto por cabos de aço, criados pelo artista mineiro Alfredo Ceschiatti. Há, ainda, o campanário, que é composto por quatro grandes sinos, doados pela Espanha. (1) Seu partido arquitetônico valoriza a forma escultural e respeita a escala monumental do sítio, a Esplanada dos Ministérios. A estrutura é constituída por dezesseis pilares de concreto armado apoiados em dois anéis, também de concreto armado, o superior com 6,8 metros de diâmetro e o inferior com 60 metros de diâmetro. O formato das colunas de secção parabólica imprime leveza às noventa toneladas de concreto, compõe os contrastes tão explorados na obra e forma a figura de duas mãos estendidas ao céu no sentido de súplica. Segundo Le Corbusier, “é inerente ao ser humano buscar formas simples, geométricas, de modo que seja nítido o jogo de luz e sombra sobre as construções e só assim as belas formas não atingidas.” (2) No projeto da Catedral, Niemeyer consegue compor os contrastes da forma contrapondo a simplicidade da planta baixa à complexidade estrutural e volumétrica formadas pelos pilares. Em “Por uma