A Carta de Pero Vaz de Caminha (criação)
Boa tarde senhor
Estou lhe escrevendo da praça de alimentação em um nobre shopping do Rio de Janeiro. Achei que seria mais seguro, pois estou com medo, quase fui assaltado há alguns minutos atrás. Eu estava caminhando feliz na praia e parei um sujeito para lhe perguntar qual era o caminho mais rápido e fácil para o Cristo Redentor, ele me encarou e começou a falar palavras que eu nunca tinha ouvido na vida, acho que o nome politicamente correto para isso é “gírias”, mas não importa agora... O fato é que eu estava concentrado tentando decifrar o que ele dizia, quando sem aviso algum, o homem colocou uma das mãos em meu tablet e o puxou correndo. Está se perguntando como eu reagi a isso? Ora meu senhor... eu gritei feito uma garotinha, é claro! (não conte a ninguém que eu disse isso), mas é que eu não estou acostumado com essas coisas... Assim que recuperei a dignidade, sai correndo atrás dele e arremessei um coco que foi direto em sua cabeça, fazendo-o desmaiar. Me desesperei e tentei levantar o grandalhão para verificar se o meu tablet estava bem, havia um pequeno trincado no canto superior da tela, do lado direito, mas pelo menos ele estava ali...seguro novamente em minhas mãos. Tirando esse pequeno acidente, o tempo que passei aqui no Rio de Janeiro foi simplesmente incrível. As belezas naturais são exuberantes e até tem um com nome de comida... Quando me falaram do tal “pão de açúcar” eu pensei que era de comer e eles ficaram bravos comigo como se eu tivesse xingado a mãe deles (às vezes os cariocas são assim... mal educados e temperamentais). Mas senhor, eu não posso negar... esse povo tem estilo, eles estão sempre na “moda” e eu já vi gente até com o cabelo azul, eu sei... esses nativos são estranhos. Mas eu conheci outras tribos também... Passei em um lugar chamado Recife, um litoral que com certeza deixaria o senhor de queixo caído, e diferente da tribo dos cariocas, esses nativos eram pessoas gentis e alegres que estavam dispostos