Pero vaz

Comparação entre a carta de Caminha e de Frei Vicente sobre a vida dos indígenas

Podemos observar que na comparação com os dois relatos, ou seja, a carta de Pero Vaz de Caminha e Frei Vicente do Salvador, relatando a cultura indígena, Frei Vicente parece ser mais detalhista sobre o cotidiano dos índios.Logo no início, Frei Vicente relata a forma de moradia e até registra o nome do grupo indígena:”Há uma casta de gentios tapuhias chamados por particular nome aimorés ...” Já o diário de bordo de Pero Vaz relata os primeiros contatos com os habitantes nativos quando chegaram por aqui: “E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro.”Perceba que ele diz homens, demonstrando pouco ou nenhum conhecimento sobre os nativos.
A narração de Pero Vaz de Caminha narra as características dos nativos de uma forma em que a tripulação e os responsáveis pela empreitada, estavam analisando aquele povo, que para os europeus, eram muito diferente:”Pardos, nus sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas.Traziam arcos nas mãos, e sua setas.” Frei Vicente aborda a cultura e o modo de vida dos indígenas, como a relação matrimonial e a criação dos seus filhos.Como religioso franciscano usa, como de costume, o termo gentios e se refere a prática da poligamia entre eles:”Não é fácil averiguar, maiormente entre os principaes que têm muitas mulheres(...)” No caso de Pero Vaz de Caminha, a expedição de Pedro Alvares Cabral, chegando ao Brasil queriam saber de ouro e prata, os metais preciosos.Pelo menos é isso o que nos indica o seguinte trecho da carta de Caminha:(...) Todavia, um deles (o escrivão se refere aos índios que visitavam o navio de Pedro Álvares Cabral ) fixou o olhar no colar do Capitão e começou a acenar para a terra e logo em seguida para o colar (Cabral tinha um colar de ouro no pescoso), como querendo dizer que ali havia ouro.Fixou igualmente um castiçal de prata e da mesma maneira