A cana-de-açúcar e a mão de obra Africana
MÃO DE OBRA AFRICANA.
Com a vinda significativa de Portugueses para a colônia brasileira no início do século XVI(16), foi iniciada a instalação de engenhos na produção de açúcar primeiramente na região sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro), e depois a região nordeste (Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba) onde foi mais produzida.
Oficialmente, foi Martim Affonso de Souza que em 1532 trouxe a primeira muda de cana ao Brasil e iniciou seu cultivo na Capitania de São Vicente, São Paulo. Lá, ele próprio construiu o primeiro engenho de açúcar com o nome de São Jorge dos Erasmos.
Uns dos principais fatores para o cultivo da planta era o solo brasileiro apropriado para o cultivo, o solo massapé, e a necessidade de colonizar e explorar as terras brasileiras, que na época não tinham muita importância econômica para a Coroa Portuguesa. Nesse período a necessidade de novas áreas para a expansão canavieira deram o início ao processo de desflorestamento da Mata Atlântica.
Calcula-se que naquele período da história, a exportação do açúcar rendeu ao Brasil cinco vezes mais que as divisas proporcionadas por todas as áreas de outros produtos agrícolas. A principal força de trabalho empregada foi à mão-de-obra escravizada, primeiramente com os indígenas e em seguida de origem africana, forçados a trabalhar visando à obtenção de riquezas e vantagens econômicas a Coroa Portuguesa, por ser um produto muito bem cotado no comércio europeu naquela época. Esses trabalhadores escravizados, na ocasião da colheita, chegavam a trabalhar até 18 horas diárias e diariamente sofriam torturas.
Os engenhos canaviais reinaram no Brasil durante 200 anos e foram sendo substituídas economicamente para a mineração de ouro no século XVIII(18). Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terra que cabia ao senhor de engenho administrá-la, ele morava com sua família na casa-grande. Os escravos viviam nas senzalas que eram supervisionados por feitores,