“A base da estruturação de uma sociedade, e a mudança do seu eu”
Dentro de um mundo globalizado e extremamente consumista fica cada vez mais difícil manter as tradições sem ao menos modificá-las para adaptar-se a ordem atual. Esse talvez seja um dos maiores dilemas de “A Encantadora de Baleias”. Como continuar iguais ao passado se o mundo mudou completamente?
Os tempos mudam e com ele surge a necessidade de mudarmos também. Com isso mesclamos os velhos aos novos questionamentos, buscamos o concreto, o real, exigimos mais de nós e do nosso conhecimento, vivendo a conflituosa busca pela perfeita relação entre o Eu e o plural.
É praticamente impossível não deixar-se influenciar por outras culturas, movimentos, ideologias, conceitos, crenças, vivendo numa “Aldeia Global” onde tudo e todos podem ou estão interligados gerando uma rede de troca de informações. A forma como lidamos com isso é que torna esse processo de aculturação fácil ou problemático.
A estrutura de uma sociedade é constituída de regras e valores instaurados nela ao longo do tempo, a partir de sua cultura e de seus conhecimentos, estes criados por nossos antepassados. O que acontece com essa estrutura é um grande processo de mudanças ocasionadas propositadamente ou não pelas novas gerações, por se tratar de novas pessoas com novas idéias, desejos e ambições que podem caber ou não nestas regras criando assim uma ruptura entre gerações. Segundo Giddens “As sociedades humanas estão sempre em processo de estruturação. Elas são reestruturadas a todo o momento pelos próprios ‘blocos de construção’ que as compõem” .
O filme representa através da tribo Maori, esses conflitos gerados num processo de adaptação (ou não) a modernidade, a tribo passa por mudanças sociais e naturais que provoca indignação naqueles que sempre prezaram a essência da sua cultura, lutando por mante-la viva guiando os seus descendentes. O que dificulta a preservação desta é a aculturação