A Balaiada
O golpe anticonstitucional de 1823, e a constituição imposta em 1824, gerou uma profunda crise da economia escravista exportadora da época, determinando período de forte instabilidade político-social. Com isso originou a primeira revolta provincial contra o golpismo bragantino, promovida, sobretudo pelos liberais e republicanos pernambucanos (Confederação do Equador), foi sufocado em um verdadeiro banho de sangue.
Através de todo o Brasil, um rosário de movimentos liberais federalistas e separatistas convulsionou a Regência e o início do Segundo Império, dando destaque para o movimento da Balaiada no Maranhão e Piauí. As causas fundamentais para a eclosão da Balaiada estariam inseridas na própria estrutura do país, após a deposição de D. Pedro Primeiro. Na economia, a estrutura agrária dominava a balança comercial do Brasil permanecendo a mesma do período colonial. O latifúndio dominava o sistema latifundiário do país. Por conta disso, a produção era escassa para o mercado interno, pois o que predominava era a economia de exportação, e as cobranças de impostos eram outro fator que contribuía para o agravamento da crise da população de baixa renda.
No aspecto político, medidas excludentes e autoritárias foram implantadas em várias províncias, por exemplo, os liberais impuseram o recrutamento forçado e a “Lei dos Prefeitos”. Essa prática de recrutamento levava a população a momentos de terror, pois distanciava os recrutados das suas famílias e também eram torturados.
Durante o Período Regencial brasileiro, a província do Maranhão, passava por uma grave crise econômica, pois a atividade pecuária absorvia importante contingente de mão de obra livre dessa região. Esses fatores explicam o envolvimento de elementos escravos e de homens livres de baixa renda no movimento. No campo político ocorria uma disputa entre liberais (Bem te vis) e os conservadores (cabanos). Os cabanos sempre obtiveram grande vantagem contra os Bens te