A aventura dos antibioticos
Naquela época, Giba atacou a leucemia, identificada quando ele nem tinha completado um ano de vida.
Da mesma forma como venceria bloqueios gigantes, superou a doença em 10 meses e teve uma infância tranquila. “O tratamento é 50% da cura. O restante é resultado do amor que familiares e a equipe médica dão ao paciente”, lembra ele. Foi em 1985, na 5ª série, que Giba conheceu o vôlei e iniciou uma nova vida.
Foi neste esporte que ele venceu três campeonatos mundiais (2002, 06 e 10), um ouro olímpico
(Atenas-04), duas pratas (Pequim-08 e Londres-12), duas Copas do Mundo (03 e 07), e oito das 12
Ligas Mundiais que disputou – nas outras, duas pratas e dois bronzes. Mas pense em perguntar a Giba qual foi o título mais importante e ele vai surpreender.
“Sem dúvida, o primeiro. Mundial Infanto Juvenil, na Turquia. Foi quando resolvi seguir uma carreira no vôlei”, diz com convicção. Sobre o jogo mais importante, outra lembrança do passado: “A primeira partida com a seleção adulta, em Atlanta. Foi em 1995. Estava começando a minha história na seleção principal, com muitos ídolos e sem saber o que o vôlei iria me proporcionar”, explica.
Quando Bernardinho assumiu a seleção, em 2001, Giba estava no auge. Ancorado nas defesas de
Serginho e nos bloqueios de Gustavo, foi o ponteiro que não se cansou em decidir jogos a favor do
Brasil, que reescreveu a história do esporte com um jogo mais rápido e intenso, que teve nos passes de Ricardinho um perfeito divisor de responsabilidades nos títulos brasileiros. Mesmo com a saída do levantador a partir de 2007, as conquistas se mantiveram com Marcelinho e depois Bruninho.
Giba, que ainda participou dos últimos anos da primeira geração de ouro do vôlei brasileiro, foi o protagonista da seleção nos principais momentos e hoje ainda caminha ao lado de quem promete dar sequência nessa história. Foi eleito o melhor jogador dos Jogos Olímpicos de 2004, do Mundial e da Liga Mundial de 2006 e da Copa do Mundo de 2007.