A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA
1 INTRODUÇÃO
Possuir altas habilidades/superdotação, características que evidenciam as diferenças de uma criança, pode se tornar uma dificuldade tão grande quanto a daquelas crianças que possuem características que se convencionou chamar de deficiências. Sobretudo, quando, por falta de condições sócio econômicas, ela não tem acesso a estabelecimentos de ensino de qualidade, diagnósticos e avaliações de comportamento profissionalizados e oportunidade de desenvolvimento por meio de instituições especializadas, situação na qual se encontra a maioria em nosso país.
A despeito dessa realidade, no Distrito Federal existe um serviço que atende a estudantes com Altas Habilidades/Superdotação desde 1976, que fundamenta-se no desenvolvimento de estratégias diferenciadas de abordagem das habilidades e competências do currículo comum, com vistas à suplementação, diferenciação, modificação e ao enriquecimento curricular. O estudante frequenta normalmente as salas de aula do ensino regular e as salas de recurso de altas habilidades, no contraturno, uma ou duas vezes por semana, sendo acompanhado por uma equipe de profissionais responsável pelo desenvolvimento das atividades.
No entanto, é na sala de aula do ensino regular que se destaca a atuação do professor no processo de inserção e interação no grupo escolar da criança que se apresenta com características de aprendizagem diversas da maioria, sejam elas deficiências ou altas habilidades/superdotação, promovendo a inclusão de fato.
Conforme publicado na revista NOVA ESCOLA, em Agosto 2009, a professora Lucyana de Araújo Domingues de Andrade, tem três crianças com Altas Habilidades/Superdotação entre seus 35 alunos da Escola Classe 106 Norte, em Brasília. As três meninas têm acesso duas vezes por semana a atividades de estímulo no contraturno, o que não significa