A atuação do psicólogo hospitalar na unidade de terapia intensiva
A Unidade de Terapia Intensiva é um recurso hospitalar destinado ao tratamento de graves enfermidades. O paciente que se encontra na UTI recebe um tratamento especial pelas suas condições, e por toda a demanda de cuidados que lhe são propostos pela terapia intensiva. Esta é uma especialidade voltada completamente a este paciente, que não está internado somente por um comprometimento específico, mas um comprometimento sistêmico, em todo o seu organismo. Seu objetivo principal é restabelecer, nestes doentes considerados graves, o funcionamento de um ou vários sistemas orgânicos, gravemente alterados, até que a patologia que motivou a internação seja adequadamente compensada ou até que os parâmetros fisiológicos atinjam níveis aceitáveis. Ao mesmo tempo em que favorece as possibilidades de recuperação orgânica, a UTI traz toda uma gama de situações, que atuam como desestabilizadores para o equilíbrio psicológico, incluindo alterações psicológicas e psiquiátricas, também desencadeadas por situações ambientais.
Inicialmente, as UTIs eram reservadas a pacientes com infarto agudo; depois, com a criação de equipamentos mais sofisticados, passou-se a cuidar também de pacientes portadores de insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda, hemorragia digestiva alta, em estado de coma, estado de choque e diversas outras situações igualmente graves.
Os profissionais que ali trabalham são altamente especializados e recebem treinamentos especiais. Nas UTIs, podem ser encontrados profissionais com diferentes formações: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e psicólogos. Estes praticam um trabalho multidisciplinar, no qual, um necessita do outro para lidar com as demandas totais do paciente.
Internado nesse local, o doente torna-se um paciente, uma pessoa resignada aos cuidados médicos, que deve esperar serenamente a melhora de sua doença. Esse paciente perde sua