A atuação do psicopedagogo no ensino da matemática
A educação na atualidade não é fácil de definir, pode-se pensar num contexto puramente escolar, formal, e defini-la apenas como um conjunto de ideias academicamente oficializada para ser apropriada pelo aluno no meio escolar. Mas sabemos que educação é muito além disso. Conforme Saviani (2013 apud PERES; FREITAS, 2014, p.11.) educação é apropriação do conjunto cultural acumulado historicamente” ainda segundo o mesmo autor é fundamental que essa apropriação seja consciente e intencional já que a educação não é herdada.
Dentre todos os conteúdos e conceitos a ser apreendido pelo sujeito em formação, está a matemática, que exige do educador o domínio não só do conteúdo imediato, mas também do contexto histórico em que a matemática se desenvolveu, as metodologias atuais para o ensino da mesma e ainda a valorização e integração das vivências que o aluno traz para sala de aula, suas experiências, o conhecimento adquirido em sua realidade de vida.
Peres e Freitas (2014, p.12) trazem várias teorias para ensino da matemática. A principal é a teoria do ensino desenvolvimental de V. V. Davydov.
Segundo ele (apud PERES; FREITAS, 2014, p.12) o ensino deve ser conceitual e lidar diretamente com mudanças qualitativas nas funções mentais dos estudantes. Como estes estudos foram baseados nos pressupostos histórico-cultural formulados por Vygotsky valoriza-se o conhecimento socialmente construído, independente se é cientifico ou resultado da atividade humana em seus variados contextos.
Conforme Vazquez (1977, p. 422): “só as relações sociais, que fazem dos indivíduos homens reais, concretos, é que nos fornece sua essência concreta”.
Sendo a matemática o foco neste momento, não é possível separar a aprendizagem escolar, com regras e fórmulas que só se aplicam em sala de aula e a prática matemática das situações