A atuação da enfermagem na saúde mental: Uma revisão da literatura
A Reforma psiquiátrica tem uma história própria, registrado em um contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar. É um processo político e social complexo, constituído por instituições e forças de diferentes origens. Compreendida como um conjunto de mudanças de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. Por muito tempo os portadores de doenças mentais foram considerados alienados. Vistos como pessoas que viviam fora da realidade, incapazes de entender ou exercer seus direitos.
Na Grécia Antiga, acreditava- se que os loucos possuíam poderes divinos, já, na Idade Média, eram associados ao demônio e vistos como entes possuídos, passavam seus dias acorrentados e expostos ao frio e à fome ou, em casos extremos, queimados em fogueiras como hereges.
Esse tipo de tratamento se estendeu até o século XVIII. Nessa época, ainda não se falava em doença mental e, como sempre, o desleixo com as pessoas acometidas de transtornos mentais persistia. Todos que apresentavam um comportamento diferente, sobretudo quando agitados e agressivos, eram considerados loucos, e a sociedade, preocupada apenas com a sua segurança, permanecia com a mesma conduta: jogava os loucos em prisões e eles lá ficavam ao lado de outros excluídos à espera da morte.
As reformas políticas e sociais, na virada do século XVIII para o século XIX, inspiraram o francês Philippe Pinel a dar o primeiro passo para mudar a vida dessas pessoas. A loucura tornou-se uma questão médica e passaria a ser vista como uma doença que poderia e deveria ser tratada. Surgiram a clínica, como local de internação, e os estudos sobre psiquiatria. Com essa nova estrutura, coube aos enfermeiros os cuidados com os loucos. Na