atuação do enfermeiro em saúde mental
A partir do afinal dos anos 80 quando o país passou por um movimento de redemocratização após a ditadura militar, a Reforma Psiquiátrica no Brasil começou a ser debatida pelos movimentos sociais e de trabalhadores e usuários em saúde. Esta luta ganhou maior destaque a partir da proclamação da Constituição de 1988 e criação do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, somente a partir da década de 1990, com a assinatura da Declaração de Caracas pelo Brasil e com a realização da II Conferência Nacional de Saúde Mental, é que começaram a vigorar as primeiras normas federais que regulamentadoras para implantação dos serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, os Centros ou Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS ou NAPS). A partir da promulgação da Lei 10.216/2001 (Lei Paulo Delegado) e outras leis e portarias que implementaram outras políticas como as Residências Terapêuticas, o Programa de Volta para Casa e redução progressiva dos leitos em hospitais psiquiátricos, dentre outros é que esta Reforma Psiquiátrica começou a ganhar corpo (SAES, 2010).
Na atualidade o momento do trabalho de enfermagem em saúde mental é caracterizado pela transição de uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento dos “doentes mentais” para a superação deste modelo, pela incorporação de princípios novos e desconhecidos, buscando a adequação a uma prática interdisciplinar aberta às contingências dos sujeitos envolvido sem cada momento e em cada contexto, superando a perspectiva disciplinar de suas ações. Sendo desta forma um período crucial para a profissão e favorável para o conhecimento e a análise do processo de trabalho nesta área (ALVES, OLIVEIRA, 2010).
De acordo com Borges et al (2002), as organizações governamentais devem atentar-se para os custos emocionais e as necessidades que envolvem a saúde dos trabalhadores em saúde mental, já que para que uma instituição consiga atingir seu nível de excelência tanto no atendimento, quando na