A assistência de enfermagem ao portador da diabetes melitus
A diabetes mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. As conseqüências do DM, em longo prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos (MS, 2001).
De origem multifatorial a DM pode ser classificada em dois tipos: a diabetes mellitus tipo 1, que resulta primariamente da destruição das células beta pancreáticas e tem tendência á cetoacidose. Esse tipo ocorre em cerca de 5 á 10% dos diabéticos. Inclui casos decorrentes de doenças auto-imunes e aqueles nos quais a causa da destruição das células beta não é conhecida dividem-se em:
Imunomediado;
Idiopático.
E tipo 2, que resulta de graus variáveis de resistência á insulina e de deficiência relativa de secreção de insulina. O DM tipo 2 é hoje considerado parte da chamada síndrome plurimetabólica ou de resistência á insulina e ocorre em 90% dos pacientes diabéticos. Denomina-se resistência á insulina o estado no qual ocorre menor captação de glicose nos tecidos periféricos (principalmente muscular e hepático), em resposta a ação da insulina. As demais ações do hormônio estão mantidas ou mesmo acentuadas. Em resposta a essa resistência tecidual há uma elevação compensatória da concentração plasmática de insulina com o objetivo de manter glicemia dentro dos valores normais, a homeostase glicêmica é atingida ás custas de hiperinsulinemia.
Existe também a DM gestacional, que é a diminuição da tolerância a glicose,de magnitude variável, diagnosticada a primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto (MS,2001). Para falar da assistência de enfermagem prestada ao paciente portador de DM, vamos usar como base o caso da dona Carmem, que tem diabetes há