A assim chamada acumulação primitiva

Resumo de “A assim chamada acumulação primitiva” – Karl Marx
Há muito aqueles que detêm os meios de produção e o capital, não precisam se sacrificar para transformar seu capital em mais capital, da forma dada que com o capital se produz a mais-valia, que por sua vez produz mais capital, tornando o capitalismo um sistema onde a pequena massa detentora do capital aumenta ainda mais sua riqueza, enquanto a grande massa possui apenas a si mesma para vender.
O direito de propriedade outrora defendido e caracterizado como espirituoso, não se mostrou assim, tal como a própria acumulação de capital, que não pode ser considerada espirituosa. Os detentores dos meios de produção empregavam os trabalhadores livres, tão necessários ao capitalismo, em condições diferentes do que já se tinha visto, pois eram livres, tanto por não pertencer ao empregador, quanto por não ser detentor daquilo em que trabalhava, restando-lhe apenas, sua força de trabalho. Dessa maneira se constituiu a assim chamada acumulação primitiva, levando este nome por ser a pré-história do capitalismo.
Foi no fim do século XV que iniciou-se de vez a base do modo de produção capitalista. Crê-se que a dissolução dos feudos se deu por seu próprio sistema e, em boa parte, por culpa dos senhores feudais, que acabaram criando um proletariado incomparavelmente maior. A velha nobreza feudal acabou sendo destruída pelas guerras feudais, e as terras de lavoura acabaram por tornar-se pastos para ovelhas, usadas para produção de lã, que passou a movimentar o mercado e ter preços convidativos ao produtor. Harrison diz que o campo passa a alimentar muito menos gente, e grandes áreas antes importantes, passam a servir de pasto para as ovelhas.
A revolução nos modos de produção impressionou os contemporâneos. A criação dos pastos no lugar das lavouras, criou muitas queixas, pois cuidar de um pasto exigia muito menos trabalho e muito menos pastores. Um decreto de Henrique VII, de 1489, c. 19 proibiu a destruição de casas