a arte romana
A pintura como arte expressiva e decorativa foi praticada desde as origens de Roma, sendo sempre uma arte muito popular, mas a vasta maioria do acervo conhecido por relatos literários não sobreviveu. Contudo, por acaso dois grandes conjuntos de pintura mural em afresco foram preservados em Pompeia e Herculano em boas condições, e a partir deles foi criada uma sistematização para a pintura romana como um todo, dividindo-a em quatro grandes fases ou estilos. Até agora o tema foi objeto de relativamente poucos estudos, e permanece bastante polêmico, pois há grande dificuldade de extrapolar essa sistematização para os remanescentes de outras regiões e outras técnicas, e em particular pela limitação na cronologia: os murais das duas cidades soterradas pelo vulcão Vesúvio (e por isso suas pinturas se preservaram) datam apenas de fins da República até os primeiros anos do Império. A erupção aconteceu em 79 d.C. De qualquer forma, o que mais se preservou, mesmo em outras regiões, foram murais, decorando interiores de residências, edifícios públicos e outras estruturas.1 2 3
Pelo que se pôde descobrir até agora, as referências estéticas e culturais da pintura romana foram maciçamente de origem grega. Em seus inícios teria sido fortemente influenciada pelos etruscos, o que era apenas um outro modo de falar em Grécia, pois os próprios etruscos deviam muito de sua cultura ao outro povo. Mesmo assim, com o passar dos anos Roma aparentemente conseguiu criar uma identidade própria na pintura, organizando e interpretando os elementos recebidos de maneira singular e adicionado outros ao seu critério. Os quatro grandes estilos citados antes atestam uma evolução nas técnicas e nos temas abordados, e tais mudanças são relacionadas a mudanças na sociedade romana ao longo dos anos. A partir de um início inteiramente abstrato e de grande simplicidade, apenas jogando com planos de cores chapadas, em pouco tempo os romanos absorveram e desenvolveram um grande repertório